Podemos apresentar diversas definições do que é o belo, mas não existe uma definição absoluta do mesmo.
Ao longo da história, foram muitos os autores que reflectiram sobre o belo, mas não puderam apresentar uma resposta única e absolutamente conclusiva sobre o mesmo, uma vez que a noção de belo é subjectiva.
Aquilo que para mim é belo, para outros pode não o ser e vice-versa. Por exemplo, o amarelo pode ser, para mim, uma cor de extraordinária beleza e para outras pessoas pode ser a mais feia das cores ou, pelo menos, não ser bonita.
Por outro lado, a noção de belo é condicionada por diversos factores, nomeadamente sexo, idade, nível de formação académica, educação e formação, estrato socioeconómico e profissional, sensibilidade artística, sentido estético, estado de espírito, entre outros.
Por exemplo, hoje, posso olhar para o amarelo e ver nessa cor a “luz que me ilumina” e me dá alegria, e amanhã, em virtude de algum dos factores acima referidos, como o estado de espírito, posso sentir repúdio por essa cor. Nessa altura, o amarelo deixa de ser belo.
A vida é bela, apesar dos altos e baixos com que a mesma nos confronta. Hoje posso-me sentir feliz, descontraída, alegre, satisfeita, bem como outros sentimentos positivos e agradáveis, porque as coisas me estão a correr bem, de acordo com os meus objectivos. Amanhã, em virtude de um acontecimento ou de um dado novo, posso viver sentimentos de tristeza, angústia, infelicidade, e por isso, pensar que afinal a vida não é assim tão bela.
Concluindo esta breve reflexão, que poderia quase não ter fim dada a subjectividade do tema, posso dizer que: não existe uma única definição para o belo, que a noção de belo é subjectiva de pessoa para pessoa e subjectiva para a mesma pessoa, ao longo dos dias e do tempo e que muitos são os factores que condicionam a percepção do belo. Neste caso estamos perante aquela frase feita sobre “o homem e as suas circunstâncias”, ou seja, cada um é o que é e sente o que sente dependendo das circunstâncias em que se encontrar. O mesmo sucede para a percepção do belo. Numas circunstâncias algo é belo, ou tudo é belo, e noutras podemo-nos encontrar numa situação contrária.
Sem comentários:
Enviar um comentário