O SEMESTRE EM PROJECTO MULTIDISCIPLINAR I

Termina assim o semestre para Projecto Multidisciplinar I.

            Durante este curto espaço de tempo, fiz trabalhos práticos durante as aulas, construi argumentos, críticas, trabalhei com a coesão e coerência e com a metáfora. Planeei da melhor forma o meu horário (PTS), tentei sempre cumpri-lo, ou não me desviar muito do planeado, realizei um trabalho de meio de semestre (TMS), elaborei um e-portfolio onde coloquei reflexões variadas, esperando sempre cumprir os requisitos necessários e, por fim, realizei um teste em que era avaliada a matéria abordada nas lectures.

            No início, confesso que não gostei da cadeira, primeiro porque não entendia bem o que era pedido e depois porque a forma como nos foi apresentada foi um pouco confusa.
Mas, depois de algumas lectures e workshops, apercebi-me que a cadeira estava praticamente baseada no pensamento crítico, em reflectir, argumentar e expor as ideias. A partir daí fiquei mais motivada para a conclusão desta cadeira com sucesso.

            Espero que todo o trabalho desenvolvido, ao logo do semestre, para a realização de todas as actividades solicitadas, bem como, a dedicação e empenho que lhe dei, permitam uma avaliação correspondente, que considero merecer.

A TELEVISÃO

Desde a sua invenção, no século XX, até aos dias de hoje, a televisão tem evoluído muito, sendo actualmente, o meio de comunicação social com maior impacto na sociedade.
Esta permitiu a transmissão de imagens à distância, em tempo real, e, assim, revolucionou a vida da sociedade.

A televisão, ou “cubo mágico”, como é designada, é hoje em dia, indispensável para a maioria das pessoas. São raras as pessoas que não vêem ou não têm televisão.

No princípio, a televisão era a preto e branco e funcionava apenas duas horas por dia. Actualmente a televisão está “disponível” durante 24horas por dia, a cores, em HD, existindo aparelhos tecnologicamente avançados, como os plasmas, permitindo muitas funcionalidades, como por exemplo, gravar ou voltar a imagem atrás, entre outras.

As primeiras televisões eram uns autênticos móveis. Embora o ecrã fosse pequeno e as imagens de fraca qualidade, os componentes electrónicos necessários requeriam grandes espaços. Hoje, as televisões não têm nada haver com as primeiras. Agora têm uma imagem extremamente nítida e existem vários tamanhos, uns mais pequenos e outros maiores, como os plasmas.

Como se sabe, a televisão tem o poder de proporcionar reacções às pessoas, induzindo-as de forma a mudarem de opinião relativamente a qualquer tipo de assunto. Há, de facto, uma certa magia contagiante, proveniente desta “caixa mágica”.

Mas, como em todas as tecnologias, existem lados positivos e negativos.
Entre os factores positivos encontra-se o facto da informação ser passada ao segundo, o que é fundamental para a actualização das pessoas. Existe também um vasto leque de canais que permitem o entretenimento e lazer das pessoas, como canais de desporto, cinema, música, desenhos animados, notícias ou até moda.

Existem assim, programas de televisão de cariz pedagógico, como por exemplo: documentários, programas culturais, entre outros. Assim, com estes programas televisivos todos podem adquirir mais conhecimentos.

O "cubo mágico" é também um excelente “veículo” para a divulgação de serviços e produtos. Permite ainda grande flexibilidade, ou seja, permite a selecção de vários períodos horários em programas distintos, com diferentes durações.

A televisão é assim uma poderosa ferramenta de ensino. Com ela aprendemos, conhecemos e obtemos informação sobre terras e povos que talvez nunca visitaremos. Recebemos informação sobre a política, história, eventos actuais e culturais. A televisão mostra ainda as tragédias, bem como os sucessos na vida das pessoas. Ela diverte-nos, instrui e influencia.

Por outro lado, a televisão afastou as famílias, levando à falta de diálogo com a família ou com os amigos, porque enquanto se está a ver televisão ninguém quer conversar. As pessoas tornam-se mais fechadas, querem ver apenas os programas que lhes interessam e originam até conflitos, devido à selecção dos canais.

A televisão leva também à falta de exercício físico que conduz ao sedentarismo e, em consequência, ao aumento da obesidade. Além disso, a concentração na televisão durante longos períodos de tempo, causa problemas de visão.

Esta, causa ainda desinteresse, por outras actividades, diminui o tempo para estudar e causa alguma insensibilidade por parte das crianças e jovens, uma vez que estes se habituaram a situações de violência por estarem sempre em contacto com ela nos filmes ou telejornal.

No que diz respeito aos programas violentos e irreais, há o perigo dos jovens poderem querer imitar os comportamentos que vêem na televisão, pois pensam que a vida real é assim.

A televisão tem o poder de informar, instruir, educar, mas, pode violar a privacidade das pessoas. O mais comum dos cidadãos pode transformar-se, de um momento para o outro, numa “celebridade”. Por exemplo, os concorrentes dos reality shows, os personagens de telenovelas ou protagonistas de qualquer situação que ocorra.

Por vezes, é tão inconsciente a acto de ligar a televisão, que nem sequer nos apercebemos o quão influente se pode tornar nas nossas vidas. Percorrem-se todos os canais, diariamente, à procura de algo que chame a atenção.

A Televisão também constitui um meio de comunicação de utilidade muito significativa. Poder-se-á dizer mesmo de grande utilidade pública.
Oferece-nos uma vastíssima quantidade de informações que nos permite estar actualizados quase em tempo real.  

           Enfim, a televisão é um meio de comunicação, por excelência, importantíssimo para o desenvolvimento do país e do Mundo, mas os espectadores, devem “utilizá-la com moderação”, não permitindo que esta absorva o seu tempo e a sua vida.

CASAMENTO HOMOSSEXUAL



Esta imagem ilustra uma situação que é legal há menos de dois meses, no nosso país, o Casamento Homossexual.

A homossexualidade não é recente e, hoje, sabe-se que não se trata de uma doença, um problema mental ou emocional, sendo, apenas, uma das variantes da sexualidade humana.
Assim, a união entre pessoas do mesmo sexo tem passado por um período de legalização em vários países. Em Portugal, essa legalização apenas foi conseguida a 10 de Outubro de 2010, após uma luta de longos anos.

Devido à crescente pressão dos homossexuais para que houvesse reconhecimento do seu “comportamento” como uma opção sexual equiparável sócio-culturalmente à conduta heterossexual, foi necessário conhecer este modelo familiar.

A história tem demonstrado que a homossexualidade é um “fenómeno” quase universal. Apesar disso, existem muitos preconceitos perante a questão, uma vez que as pessoas que assumem a sua homossexualidade correm o risco de serem rejeitadas pelos familiares e marginalizadas pela sociedade.

Contudo, temos assistido a algumas mudanças nas mentalidades, favorecendo a aceitação, ainda que gradual, dos homossexuais, dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, em suma, da constituição de um novo modelo de família, juridicamente aceite, caminhando para outras situações, ainda em estudo, como é o caso da adopção.

Esta situação é delicada, exige uma reflexão profunda a vários níveis, sendo certo que, o respeito pelos direitos humanos deve sempre prevalecer.

O primeiro casamento homossexual, em Portugal, já se realizou e, nesse dia, todos os canais de televisão, jornais, rádio e internet, divulgaram o acontecimento e comentaram-no. Desde então, outros se realizaram, com mais contenção em termos dos media.

Penso que no futuro, esta situação, já será encarada com naturalidade, e não despertará a crítica ou curiosidade da actualidade.

O respeito pelo outro, a cidadania e a abertura à mudança, devem reger a nossa conduta, e permitir a construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais saudável.